Anos de bullying na infância e na adolescência tornaram a enfermeira paulista Camila Serra, 33, uma adulta ansiosa e com medo da reação alheia.
Ela se sentia incapaz de ser querida e chorava toda vez que se lembrava das zombarias que sofria na escola, em Santos (SP), por ter dislalia (conhecida como a “síndrome do Cebolinha”). O medo foi lhe consumindo ao longo do tempo, sendo transformado em fobia por aranhas, depressão e síndrome do pânico.
O antídoto para o seu medo constante veio com um tipo específico de meditação, aprendido no núcleo “Mente Aberta”, da Universidade Federal de São Paulo, pelo Sistema Único de Saúde. O curso de oito semanas é gratuito e voltado para pessoas de todas as idades com alto grau de estresse, ansiedade, depressão e dores crônicas.
Conhecida como “mindfulness” (traduzido como “atenção plena” em português), a técnica de meditação consiste em criar um estado psicológico no qual se permanece atento aos próprios pensamentos, sensações físicas e emoções no momento em que elas ocorrem. Aprende-se a parar de remoer o passado ou só pensar no futuro – que aumenta a ansiedade –, se concentrando no presente.
Pela UOL