Antes de receber o diagnóstico, ela foi internada quatro vezes em hospitais psiquiátricos para entender o que estava acontecendo
Mayana Moura entrou na campanha do Setembro Amarelo para dar mais visibilidade às doenças mentais e falou um pouco sobre seu transtorno bipolar, que foi diagnosticado em 2015. A atriz comentou em um post publicado em seu Instagram neste sábado (5) que consegue ter uma vida normal e que não tem crises há muito tempo.
“É possível ter uma vida normal e feliz com doença mental basta ser responsável e dedicado ao auto cuidado e buscar tratamento, seguindo à risca as orientações médicas. Eu sou bipolar tipo 1 e desde que aceitei o diagnóstico e comecei a me tratar não tive mais crises há mais de cinco anos”, comentou.
Em entrevista à Marie Claire publicada há quase três anos, ela disse que chegou a ser internada quatro vezes em hospitais psiquiátricos para conseguir entender o que estava acontecendo. Mayana afirmou que teve várias crises de mania e depressão e que aceitou se medicar, fez terapia, reaproximou-se da mãe, voltou a morar no Brasil depois de dois anos nos Estados Unidos e mergulhou no trabalho.
“Não queria ser bipolar de jeito nenhum. Tive muita dificuldade em aceitar o diagnóstico”, contou. “Há um grande estigma em torno do paciente. De que não pode ser funcional de novo, tanto no ambiente profissional quanto no pessoal. Existe muita incompreensão em torno da doença, por isso prefiro seu nome ‘antigo’, psicose maníaco-depressiva”, afirma.
O transtorno afetivo bipolar tem várias intensidades e se destaque por oscilações drásticas de humor: mania (euforia) e depressão. No caso mais grave, como o de Mayana, a internação é importante, para evitar complicações maiores e risco à própria vida e aos outros.
“Sou a prova viva de que, com o tratamento certo e apoio de quem nos ama, é perfeitamente possível se recuperar. O que aconteceu comigo não define o que sou”, explicou.