Os transtornos mentais são de ocorrência comum e afetam qualquer indivíduo, independente de profissão, classe social, poder aquisitivo, cultura, nacionalidade ou raça. Tem como causalidade aspectos genéticos, biológicos, físicos, psicossociais e espirituais. Os mais graves afetam a estrutura cerebral gerando importantes alterações nas funções sociais, acadêmicas, profissionais, interpessoais e até em alguns casos funções básicas como autocuidado.
Porém uma grande parte dos transtornos mentais afetam mais as funções cerebrais que sua estrutura e são na maioria reversíveis ou pelo menos controláveis. Mesmo que tenham muitas delas causas psicogênicas ou psicossociais, quando afetam as funções mentais a nível neurológico elas deixam de ser “psicológicas” e passam a ser neuropsicologicas ou psicobiologicas. Isso é, não estão controláveis com a vontade ou com o esforço pessoal.
Dessa forma pessoas bem sucedidas são igualmente afetadas. Quanto maior a suscetibilidade devido aos fatores biopsicossociais ocorridos na infância e o estresse do meio do momento, maior se torna a vulnerabilidade aos transtornos mentais.
Dessa forma os transtornos mentais mais brandos, aqueles por alterações “funcionais” fazem parte da nossa realidade humana, são comuns e podem afetar a qualquer um em algum momento da vida. Não são sinal de fraqueza, falta de força de vontade, vitimização, drama ou preguiça. São, como dito acima, uma alteração bioquímica da função cerebral reversíveis e ou controláveis com psicofarmacos e psicoterapias diretivas.
Para encorajar pessoas que também enfrentam batalhas contra Transtornos mentais, diversas celebridades decidiram se abrir em relação às histórias que elas mesmas têm com esses transtornos.
Marina Lima, cantora
“A depressão não é difícil de curar. A dificuldade, quando alguém entra em depressão, é achar que vai sair disso sozinho. É como quebrar um dedo e não tratar. Mas estamos vencendo o preconceito, o mundo está ficando esclarecido.”
(via Quem)
Maurício Mattar, ator e cantor
“A bipolaridade não aparece de repente. Você nasce ou não com ela. Na verdade essa é uma característica minha que nunca foi tratada.”
(via R7)
Fernanda Lima, apresentadora de TV
Em entrevista ao jornal O Globo, a apresentadora disse que entrou em depressão por causa das fortes críticas que recebeu quando protagonizou a novela Bang Bang (2005-06), da TV Globo:
“Novela é uma pedrada. As pessoas não me perdoaram, foi porrada em cima de porrada. É difícil não entrar em depressão nessas horas. Eu me segurei muito na ioga, mas tive momentos de chorar no chão, deitada em posição fetal”.
(via Quem)
Padre Marcelo Rossi
“Achava que era frescura. Foram sete meses e 22 dias de depressão. Nunca cheguei a pensar em suicídio, mas cheguei a comer sem sentir o sabor.”
Selton Mello, ator e cineasta
O ator teve depressão em 2008:
“Eu poderia estar mentindo aqui, falar que eu engordei 20 quilos para o papel [em Jean Charles], mas não, eu estava ruim da cabeça, estava vulnerável. É libertador poder falar sobre isso abertamente. Eu estou fazendo análise, coisa que eu nunca fiz na vida, e está sendo fabuloso”.
Cássia Kis, atriz
“Ser bipolar é perder o controle. Você perde a paciência num nível mais agudo com os filhos, por exemplo. Quando vê está sacudindo a criança, falando mais alto. Vira meio bicho, sabe? É uma coisa que amedronta as pessoas. Aí volta e quer se desculpar, mandar flores, pede perdão, chora. Repeti isso muitas vezes. Um medicamento e acompanhamento evitam que isso aconteça. Mas tomar medicamento não é o fundamental. Importante é o ambiente familiar. É ele que te torna doente.”
(via Tpm)
Ricardo Boechat, jornalista
Boechat teve de se afastar do trabalho para tratar sua depressão. Ele comentou o acontecido à rádio BandNews:
“É importante não esconder a depressão, não tratá-la na clandestinidade. É importante aceitá-la e combatê-la, e todo o silêncio de todo o doente e de quem está a sua volta dificulta a recuperação. E essa necessidade de não fazer segredo, além da sinceridade que faço questão de manter na relação com os ouvintes, é a razão deste depoimento pessoal que estou dando para vocês”.
Luciana Vendramini, atriz
“Ter TOC é basicamente ver nascer, a cada dia, uma nova mania: ter que subir e descer de elevador várias vezes, lavar as mãos toda hora, tomar banhos sem-fim. [Meus] rituais atingiram um grau tão elevado que, durante três anos, de 1999 a 2002, não saía mais de casa, parei de trabalhar. Meu caso se agravou demais porque eu era contra tomar remédio, achava que apenas a terapia podia me curar. Quando aceitei o tratamento, em quatro meses já era outra pessoa.”
Roberto Carlos, cantor
Em entrevista ao G1, o cantor comentou suas famosas manias:
“Não são só manias. É a questão do TOC, o Transtorno Obsessivo Compulsivo. Não se trata de se livrar dessa ou daquela mania, mas de tratar o problema como um todo. Determinadas coisas me angustiam hoje menos do que antes.”
(via G1)
Zizi Possi, cantora
“A depressão é uma doença química, falta uma substância no cérebro. Contei com a ajuda de uma terapeuta budista, de um psiquiatra e de muita espiritualidade [para me tratar]. O tempo ajuda. É preciso força e também procurar um bom médico que veja o que é melhor para você. [Não] é uma simples tristeza ou frescura.”
Rita Lee, cantora
“Tive a vida inteira essa situação de oscilar entre euforia e depressão. Eu sinto que aconteceram situações de estresse emocional em minha vida e não tinha orientação nenhuma. Quando o médico diagnosticou a bipolaridade, eu fiquei tranquila. Falei: ‘Finalmente alguém me disse o que eu sou’. As peças encaixam. Pode ser uma coisa muito solitária. Tanto na euforia, quanto na depressão. E a twitterapia me deixa com amiguinhos, é uma companhia.”
(via Quem)
Deborah Blando, atriz
A cantora comentou à revista Época sua experiência com depressão e síndrome do pânico:
“Passei sim por momentos difíceis. Hoje me cuido para que eles não se repitam. Sucesso não é sinônimo de saúde: esse sim é o nosso bem maior. Quero voltar aos poucos, com calma”.
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Gwyneth Paltrow – Depressão Pós-Parto
“Foi terrível, foi exatamente o oposto que aconteceu quando a Apple (primeira filha) nasceu. Eu não podia acreditar que era a mesma coisa. Eu apenas pensei que isso significava que era uma mãe terrível e uma má pessoa”.
Brad Pitt – Depressão
“Eu tive que lidar com a depressão, mas agora não, não nesta década – talvez na anterior. Mas isso também é enxergar quem você é. Eu olho para isso como um grande aprendizado, como um dos anos ou um semestre. ‘Este semestre estou me especializando em depressão. Fazendo as mesmas coisas todas as noites, tendo dificuldade para dormir, a mesma rotina. Mal podia esperar para chegar em casa e me esconder“.
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Carrie Fisher – Bipolaridade
“Por vezes, você não quer ser aquela pessoa. Você não quer ser o anfitrião daquele jantar. E eu não tinha escolha. Quando meu problema está mais forte, ele vira um caminho claro. Sabe, eu subo uma montanha bem alto e de repente começa tudo indo muito rápido. Eu deixo de conseguir me conectar. Minhas frases deixam de fazer sentido. Eu não consigo dormir e não sou de confiança”.
Elton John – Bulimia
“Assim que eu falei ‘preciso de ajuda’, eu sabia que iria ficar melhor, eu estava determinado em melhorar. Mas foi um alívio conseguir falar”.
Angelina Jolie – Depressão
“Me sentia como se estivesse indo para um lugar bem escuro, e eu era incapaz de me levantar de manhã, por isso assinei algo que me obrigaria a ser ativa.”
Beyonce Knowles – Depressão
“Quando me tornei famosa, tinha medo que mais ninguém fosse me amar pelo que eu era. Eu tinha medo de fazer novos amigos. Até que um dia minha mãe falou: ‘Por que você acha que uma pessoa poderia não gostar de você? Você não sabe quão inteligente, querida e linda você é?’ Foi quando eu decidi que só tinha dois caminhos: ou desistia ou seguia em frente.”
Catherine Zeta-Jones: a atriz divulgou publicamente o seu diagnóstico e se colocou à disposição para apoiar quem sofre com o distúrbio bipolar. Em entrevista à revista People, ela disse que “não há necessidade para sofrer em silêncio”, e que se ela conseguisse ajudar ao menos uma pessoa a procurar ajuda, então sua experiência terá valido a pena
Jean-Claude Van Damme: o ator disse ao site E! Online que recebe tratamento para a doença. Ele contou que depois que tornou público o problema, a comoção das pessoas ao seu redor vem ajudando no processo
Linda Hamilton: a atriz contou a Larry King em 2005 que sua saúde mental foi piorando ao passo que sua carreira profissional foi crescendo. E por ter sofrido de depressão, ela disse que conversa abertamente com seus filhos e os lembra que é importante falar sobre os seus sentimentos. “Eu gosto de falar para que as pessoas saibam que não estão sozinhas”, contou.
Por: Saúde Terra
Por El País Brasil
Lady Gaga: A cantora escreveu uma carta como parte de suas ações para a campanha da Fundação ‘Born this way’, em que relatava que “lutei durante algum tempo sobre quando, como e se deveria revelar meu diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Depois de cinco anos de procura das respostas à minha dor crônica e à mudança que senti em meu cérebro, finalmente estou suficientemente bem para contá-lo. Existe uma boa dose de vergonha que acompanha a doença mental, mas é importante que se saiba que há esperança e uma oportunidade de recuperação”.
Por El País Brasil
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Demi Lovato: “Venho lutando contra o transtorno bipolar há anos”… depois de passar três meses em reabilitação por problemas como bulimia, anorexia e depressão, a cantora anos anunciou que sofre de bipolaridade. Ela contou à revista People que não sabia que sofria do problema até começar o tratamento. A cantora disse também que pretende continuar falando sobre suas experiências, com o objetivo de ajudar as outras pessoas. “Eu sinto que não é uma coincidência Deus me colocar nessa situação e me dar a voz que eu tenho. Acredito que meu propósito na Terra é muito mais do que ser uma cantora ou atriz. Eu acho que é alertar as pessoas e ampliar a consciência sobre um problema que muitas pessoas não falam a respeito”
Por: Saúde – Terra